ENDOCRINOLOGIA

O que faz o endocrinologista

Endocrinologia é a especialidade que diagnostica e trata, quando necessário, distúrbios hormonais, que podem decorrer tanto da falta quanto do excesso de hormônios.

Nem sempre é fácil e rápido de diagnosticar algum distúrbio, por isso é importante que o paciente procure um médico especializado.

Mas afinal, o que são hormônios?

São substâncias secretadas na corrente sanguínea pelas glândulas endócrinas, e existem dezenas deles, diferentes em estrutura e função. Algumas de suas funções são a regulação do metabolismo, da reprodução, do crescimento e desenvolvimento.

Entre as doenças mais comumente tratadas pelo endocrinologista estão o diabetes mellitus, a obesidade, doenças da tireoide, alterações do colesterol e triglicerídeos, síndrome dos ovários policísticos, osteoporose e outras doenças do metabolismo do cálcio, doenças das glândulas hipófise e adrenais, deficiência de testosterona em homens, terapia hormonal pós-menopausa em mulheres, entre outras.

Quando procurar um endocrinologista

É recomendado consultar o endocrinologista quando forem percebidos sinais ou sintomas que possam ser indicativos de alteração na produção de hormônios.

Assim, algumas das situações em que pode ser indicado consultar o endocrinologista são:

  • Dificuldade para perder peso;
  • Ganho de peso muito rápido;
  • Cansaço excessivo;
  • Alterações no ciclo menstrual;
  • Aumento da tireoide;
  • Excesso de pelos nas mulheres;
  • Queda de cabelos, acne (após avaliação inicial com um dermatologista)
  • Crescimento das mamas em homens;
  • Sinais e sintomas de andropausa e menopausa;
  • Presença de sintomas relacionados com a diabetes como sede excessiva e aumento da vontade para urinar, por exemplo.
TRATAMENTOS

Alterações Menstruais, Excesso de Pelos, Acne

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição que pode causar períodos menstruais irregulares, acne (pele oleosa e espinhas) e excesso de pelos no corpo.

Atinge, aproximadamente, 5 a 10% das mulheres e a base desse problema, muitas vezes, é uma síndrome metabólica, ou seja, um conjunto de alterações que vão levar à manifestação de determinados sintomas.

Os critérios para diagnóstico dessa síndrome são bastante discutidos, mas atualmente os mais aceitos (apesar de algumas críticas) são os Critérios de Rotterdam (2003), em que devem estar presentes pelo menos 2 dos seguintes critérios:

NIH ROTTERDAM SOCIEDADE AE-PCOS
Presença de 2 Critérios Presença de 2 dos 3 Critérios Presença de 2 Critérios

Disfunção Menstrual

Hiperandrogenia e/ou Hiperandrogenismo

Alterações dos Ciclos Menstruais

Hiperandrogenismo Clínico

Morfologia Ovariana Policística à Ultrassonografia (USG)

Hiperandrogenia e/ou Hiperandrogenismo

Disfunção Menstrual e/ou Ovários Policísticos

Para todos os critérios assume-se que foram descartadas outras causas de hiperandrogenismo.

Adaptado de Consenso de Rotterdam, novas recomendações da ASRM/ESHRE de 2018
  • Em mulheres com SOP, vários folículos pequenos se acumulam no ovário. Nenhum desses pequenos folículos/cistos é capaz de crescer até um tamanho que desencadeie a ovulação. Como resultado, os níveis de estrogênio, progesterona, LH e FSH ficam desequilibrados, o que gera um ciclo menstrual irregular;
  • Os níveis elevados de andrógenos às vezes podem causar crescimento excessivo de pelos faciais, acne e/ou queda de cabelo com padrão masculino;
  •  A maioria das mulheres com SOP estão acima do peso ou são obesas, e correm um risco acima da média de desenvolver diabetes e apneia obstrutiva do sono;
  • Muitas pacientes com SOP não ovulam regularmente e podem levar mais tempo para engravidar. Se uma mulher com SOP tiver períodos irregulares, sua avaliação de fertilidade deve começar imediatamente, pois a chance de engravidar é baixa se não houver tratamento adequado.

Além disso, algumas outras condições podem causar sinais e sintomas semelhantes aos da SOP e devem ser pesquisadas e excluídas. São elas: hiperplasia adrenal congênita tardia, disfunções tireoidianas, hiperprolactinemia, além de tumores adrenais ou ovarianos.

Se você tem algum desses sintomas, procure ajuda médica especializada.

A síndrome dos ovários policísticos tem tratamento e você pode conviver com ela.

Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional

O diabetes gestacional (DMG) é caracterizado pelo aumento do nível de açúcar no sangue durante a gestação, e os valores para diagnóstico são mais baixos que os valores em não gestantes.

Como na maioria das vezes as pacientes são totalmente assintomáticas, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem, a partir da 24 semana de gestação, como estão a glicose em jejum e principalmente a glicemia após estímulo de ingestão de glicose.

A curto prazo, as principais consequências são diretamente relacionadas à gestação e ao feto, como por exemplo risco de aumento do líquido amniótico, crescimento excessivo do bebê e, consequentemente, possibilidade de parto mais traumático, necessidade de cesariana, hipoglicemia neonatal e atraso na amamentação.

A longo prazo, mulheres com DMG têm maior risco de recorrência deste em uma gestação futura e de DM2 no futuro (especialmente as mulheres com obesidade ou que necessitam de insulina para controlar a glicemia na gestação). Filhos de mães com DMG não controlada parecem ter maior risco de obesidade e DM2 na vida adulta.

O controle do DMG deve ser iniciado assim que é feito o diagnóstico, com orientação médica, nutricional e atividade física orientada. Algumas vezes é necessário também o uso de medicamentos e/ou insulina.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de DMG são:

  • Idade materna avançada;
  • Obesidade;
  • História familiar de diabetes;
  • Gestação de gêmeos;
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Hipertensão.

Diabetes Mellitus

Diabetes Mellitus

O diagnóstico precoce do diabetes é importante não só para prevenção das complicações agudas já descritas, como também para a prevenção de complicações crônicas.

A Importância do Acompanhamento Médico

É importante que o paciente compareça às consultas regularmente, conforme a determinação médica, nas quais ele deverá receber orientações sobre a doença e seu tratamento. Só um especialista saberá indicar de forma correta:

  • A orientação nutricional adequada;
  • Como evitar complicações;
  • Como usar insulina ou outros medicamentos;
  • Como usar os aparelhos que medem a glicose (glicosímetros) e as canetas de insulina;
  • Fornecer orientações sobre atividade física;
  • Fornecer orientações de como proceder em situações de hipo e de hiperglicemia.

Esse aprendizado é fundamental não só para o bom controle do diabetes como também para garantir autonomia e independência ao paciente. É muito importante que ele realize suas atividades de rotina, viajar ou praticar esportes com muito mais segurança. É importante o envolvimento dos familiares com o tratamento do paciente diabético, visto que, muitas vezes, há uma mudança de hábitos, requerendo a adaptação de todo núcleo familiar.

Por que Tratar a Hiperglicemia?

A hiperglicemia é a elevação das taxas de açúcar no sangue e que deve ser controlada. Sabe-se que a hiperglicemia crônica através dos anos está associada a lesões da microcirculação, lesando e prejudicando o funcionamento de vários órgãos como os rins, os olhos, os nervos e o coração. Os pacientes que conseguem manter um bom controle da glicemia têm uma importante redução no risco de desenvolver tais complicações como já ficou demonstrado em vários estudos científicos.

Pacientes com Diabetes Tipo 2 não diagnosticado tem risco maior de apresentar acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e doença vascular periférica do que pessoas que não têm diabetes. Isso reforça a necessidade de um diagnóstico precoce que permita evitar tais complicações.

A Automonitorização

Para obter um melhor controle dos níveis glicêmicos, não basta o paciente apenas acreditar que está fazendo tudo corretamente ou ter a sensação de estar sentindo-se “bem”. É necessário monitorar, no dia a dia, os níveis glicêmicos. Para isso, existem modernos aparelhos, os glicosímetros, de fácil utilização e que nos fornecem o resultado da glicemia em alguns segundos. Siga as orientações do seu médico quanto ao número de testes que deve ser realizado.

O objetivo desse controle não é só corrigir as eventuais hiperglicemias que ocorrerão, mas também tentar manter a glicemia o mais próximo da normalidade, sem causar hipoglicemia.

Quanto melhor o controle, maior o risco de hipoglicemia, daí a importância também da monitorização da glicemia mais vezes tanto para evitar a hipo, como também para que não se coma em excesso na correção dela, o que invalidaria os esforços para manter o controle. A monitorização permite que o paciente, individualmente, avalie sua resposta aos alimentos, aos medicamentos (especialmente à insulina) e à atividade física praticada.

Exames de Rotina

De acordo com a necessidade, as consultas devem ser mensais, bimestrais ou trimestrais, com eventuais contatos por telefone ou fax, com envio da monitorização glicêmica. Nas consultas são solicitados os exames que devem incluir a glicemia, a hemoglobina glicada trimestral (que dá a média da glicemia diária nos últimos 2 a 3 meses), função renal anual (ureia, creatinina, pesquisa de microalbuminúrica), perfil lipídico anual ou semestral, avaliação oftalmológica anual, avaliação cardiológica. Os demais exames devem ser solicitados de acordo com a necessidade individual do paciente.

Fonte: https://www.endocrino.org.br/o-que-e-diabetes/

Como prevenir o Diabetes?

Quando falamos de prevenção do Diabetes, estamos falando do tipo 2 da doença, considerado o mais comum (90% dos casos). O Diabetes tipo 1, origina-se do componente genético, não podendo ser evitado.

O desenvolvimento do Diabetes tipo 2 pode ter também componente genético mas também está muito relacionado ao estilo de vida (sedentarismo, sobrepeso e alimentação inadequada).

Confira algumas dicas para se prevenir da doença:

  • Atividade física regular, incluindo exercícios aeróbicos;
  • Alimentação saudável, especialmente a redução de carboidratos, sal, açúcar e gorduras saturadas e trans;
  • Não fumar e consumir bebidas alcoólicas moderadamente;
  • Controle do peso;
  • Dormir bem, pois a privação do sono favorece a obesidade, interfere na tolerância à glicose e na ação da insulina;
  • Realizar exames periodicamente

Um estilo de vida saudável é importante não só para prevenção do Diabetes mas mas para manter a saúde física e mental em dia.

Dislipidemia (Alterações do Colesterol e Triglicerídeos)

Dislipidemia (Alterações do Colesterol e Triglicerídeos)

O colesterol é uma substância que se encontra no sangue e todas as pessoas possuem. Ele é necessário para uma boa saúde, inclusive por ser a “base” da formação de diversos hormônios. O problema é que as pessoas, às vezes, têm excesso de colesterol, algo que é chamado de dislipidemia.
Em comparação com pessoas com colesterol normal, essas outras têm um risco maior de problemas cardiovasculares, como infartos e AVCs, e outros problemas de saúde.
Falando de uma maneira um tanto simplista, quanto maior o colesterol ruim, maior o risco desses problemas.

Existem diferentes tipos dessa substância no nosso organismo, como:
  • Colesterol Total: uma “soma” do colesterol bom, do ruim e de mais algumas subfrações;
  • Colesterol LDL: também chamado de colesterol ruim;
  • Colesterol HDL: também chamado de colesterol bom.

Embora o colesterol total tenha sido o foco principal no passado, as diretrizes atuais se concentram no colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL). Estudos realizados nos últimos 50 anos mostraram que a redução do colesterol LDL leva a taxas mais baixas dos eventos cardíacos.
Um outro tipo de gordura, os triglicerídeos, também tem sido associado ao aumento do risco cardiovascular mas os dados são mais conflitantes.

A decisão de iniciar o tratamento para baixar o colesterol é feita caso a caso.
Por isso, é muito importante ir ao médico, pelo menos, uma vez ao ano para realizar exames de rotina.

Além disso, é fundamental sempre manter bons hábitos de vida, como uma alimentação equilibrada e uma prática regular de exercícios físicos.

Doenças da Hipófise

Hipófise

A hipófise, também chamada de glândula pituitária, é um pequeno órgão localizado na base do encéfalo (sela túrcica). Apesar de ela ter o tamanho de uma ervilha, ela tem função muito importante no organismo, pois produz os hormônios que controlam a maioria das demais glândulas endócrinas, e por isso também é chamada de “glândula mãe”.

Quando surge um nódulo na hipófise, precisamos investigar se existe ou não alteração na secreção de alguns desses hormônios (excesso ou falta), o que pode provocar alterações importantes no metabolismo.

O tipo de investigação e tratamento dependerá do tamanho do nódulo e do tipo de hormônio secretado.

Glândula Pituitária

Algumas condições comuns de acometerem essa estrutura são:

  • Hiperprolactinemia:
    Resulta da produção em excesso da prolactina, o hormônio responsável pela produção de leite. Assim, pessoas que possuem essa condição costumam apresentar menstruações ausentes ou irregulares (em mulheres); leite vazando dos seios (em mulheres), baixa energia, baixo desejo sexual e problemas para obter uma ereção (em homens), aumento do tamanho dos seios e dor nos seios (em mulheres e homens), infertilidade (em homens e mulheres) e perda de massa óssea (em homens e mulheres a longo prazo).
  • Acromegalia:
    Causado pela secreção excessiva e prolongada do hormônio do crescimento (HGH) pela hipófise, ela é caracterizada pelo crescimento excessivo dos tecidos do corpo, incluindo alargamento das características faciais e aumento do tamanho das mãos e pés. O distúrbio mais comum de acromegalia é um tumor (adenoma) que surge das células na parte frontal da glândula pituitária, que produzem o hormônio do crescimento. Esses tumores costumam ser benignos em quase todos os casos.
  • Doença de Cushing:
    A Síndrome de Cushing ocorre quando há excesso de cortisol, hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, e chamamos Doença de Cushing quando esse estímulo vem da hipófise, por produção excessiva de ATCH (hormônio adrenocorticotrófico).

O cortisol tem muitas funções importantes e é necessário para a vida; no entanto, um excesso desse hormônio tem efeitos negativos sobre o corpo. A síndrome de Cushing pode resultar em várias condições diferentes que afetam esse sistema de controle, como ganho de peso, alterações na pele, períodos menstruais irregulares, excesso de pêlos no corpo e acne (em mulheres), perda e fraqueza muscular, perda óssea, pré-diabetes e pressão alta, por exemplo.

Busque um médico endocrinologista para saber mais sobre essas condições.

Doenças da Tireoide

Doenças da Tireoide

A tireoide é uma glândula em formato de borboleta, localizada no pescoço, logo abaixo do pomo de Adão, que produz os hormônios T3 e T4, cuja função é regular o ritmo de funcionamento do metabolismo.

Quase todos nós temos tireoide, exceto em casos raros de agenesia, ou de cirurgia para removê-la. Quando a tireoide é normal, em função, tamanho e anatomia, nem percebemos sua existência.

Então, quando alguém fala “eu tenho tireoide”, geralmente significa que tem algum problema na tireoide.

As doenças tireoidianas são mais comuns em mulheres, e podem afetar tanto a forma (aumento de volume e/ou presença de nódulos) quanto o funcionamento da tireoide (excesso ou deficiência na produção de T3 e T4). As alterações anatômicas e funcionais podem ou não ocorrer concomitantemente.

O diagnóstico das alterações na produção hormonal é feito através de exames de sangue, enquanto o diagnóstico do bócio (aumento de volume) ou nódulo é feito através da palpação e, se necessário, de uma ecografia da tireoide (que NÃO é um exame de rotina).

É importante salientar que nem todo nódulo ou alteração no TSH significa uma doença tireoidiana que deva ser tratada, mas SEMPRE deve ser acompanhada por um especialista, o ENDOCRINOLOGISTA.

Como Funciona a Tireoide?

A Tireoide é responsável por sintetizar dois hormônios, o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina), os quais atuam no metabolismo.

Para a síntese desses hormônios, a tireoide necessita de iodo. Para evitar a deficiência desse mineral na população, o sal de cozinha comum é suplementado com iodeto de sódio. Portanto, no Brasil não há indicação de qualquer tipo de suplementação de iodo, mesmo para pessoas com baixa ingesta de sal. Além disso, o excesso de iodo pode produzir o efeito contrário e bloquear a produção de T3 e T4.

A secreção dos hormônios da tireoide é controlada por um hormônio secretado pela adeno-hipófise, denominado hormônio estimulante da tireoide ou TSH. Por sua vez, a concentração de T3 e T4 no sangue regula a liberação de TSH pela hipófise, no que chamamos de “alça de feedback”.

Esse conceito é importante para entendermos o que acontece com os exames no hipotireoidismo e no hipertireoidismo.

Doenças das Adrenais

Doenças das Adrenais

As adrenais (também são chamadas suprarrenais, pois ficam logo acima dos rins) costumam ser estruturas pouco conhecidas pelas pessoas, no entanto elas são extremamente importantes para nosso organismo.
Apesar de serem glândulas relativamente pequenas (cerca de 5cm), são compostas de diversas camadas, que produzem diferentes substâncias. Entre elas estão as catecolaminas (p. Ex. adrenalina), além de três classes de hormônios: glicocorticóides (cortisol), mineralocorticóides (aldosterona) e andrógenos (hormônios masculinos).

  • Catecolaminas
    Agem no controle da pressão arterial e frequência cardíaca.
  • Cortisol
    Ajuda a controlar como o corpo usa o açúcar e a gordura para obter energia, além de ajudar a controlar o estresse.
  • Aldosterona
    Ajuda a controlar a quantidade de sal e fluido no corpo.
  • Andrógenos
    Também são conhecidos como hormônios masculinos, mas estão presentes tanto nos homens quanto nas mulheres, porém em concentrações diferentes.

O andrógeno mais conhecido é a testosterona, mas os principais andrógenos de origem adrenal são o DHEA, SDHEA e Androstenediona.

Quando alguma doença acomete essas estruturas, pode comprometer a produção dessas substâncias, e pode ocorrer tanto excesso quanto deficiência.

Veja alguma delas:

Hiperaldosteronismo Primário:

A hipersecreção de aldosterona pode ser entendida como uma causa de hipertensão.

Os sinais clássicos de apresentação de hiperaldosteronismo primário são hipertensão e hipocalemia (baixa de potássio no sangue), o que pode levar a complicações cardiovasculares sérias se não corrigido;

Insuficiência Adrenal

A insuficiência adrenal ocorre quando as glândulas adrenais produzem uma quantidade insuficiente de um ou mais hormônios. A detecção precoce da insuficiência adrenal pode ser difícil, pois os sinais e sintomas são um tanto inespecíficos, mas o tratamento geralmente é bem-sucedido.

O tratamento é adaptado à causa subjacente e, na maioria dos casos, é realizado para o resto da vida. Com tratamento adequado e algumas precauções adicionais, as pessoas com insuficiência adrenal podem levar uma vida ativa e ter uma expectativa de vida normal;

Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC):

A HAC clássica geralmente é diagnosticada logo após o nascimento, enquanto a HAC não-clássica (também chamada tardia), por ser mais “leve”. Costuma ser diagnosticada somente na adolescência ou idade adulta, e pode ter sinais e sintomas muito parecidos com os da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).

Existem diferentes formas dessa condição, mas todas têm sintomas e tratamento semelhantes.

Na HAC clássica, há uma deficiência de cortisol e aldosterona e um excesso de andrógenos, geralmente a 17OH progesterona.

Bebês com HAC grave não produzem aldosterona ou cortisol suficientes e isso pode causar uma condição séria chamada crise adrenal. Bebês com crise adrenal têm baixo nível de açúcar no sangue, pressão arterial baixa e não ganham peso como deveriam.

Hipogonadismo, Menopausa e Andropausa

Alguns distúrbios atingem homens e mulheres, entre eles temos o hipogonadismo, menopausa e andropausa. Vamos conhecer um pouco sobre cada um!

Hipogonadismo Masculino

É uma condição caracterizada pela produção diminuída de testosterona, que é um dos principais andrógenos e ajuda na força muscular, desejo sexual e força óssea. Em determinadas situações, o corpo produz muito pouco dessa substância, mas a necessidade ou não de reposição deve ser avaliada individualmente, levando em conta não só os níveis de testosterona, mas também a causa desta deficiência, além de sinais, sintomas e outras condições do paciente.

À medida que os homens envelhecem, é normal que os níveis de testosterona diminuam um pouco, mas quando os seus níveis ficam muito baixos, os homens apresentam sintomas como cansaço (especialmente no final do dia), baixa libido, sensação de tristeza e depressão.

Após um ano ou mais de testosterona baixa, os homens podem desenvolver outros sintomas ou problemas médicos, como perda de massa muscular e força óssea, diminuição de pêlos faciais ou corporais e ginecomastia.

Menopausa

Essa condição é definida como o período da vida da mulher (geralmente entre 45 e 55 anos), quando os ovários param de produzir óvulos (ovulação) e os períodos menstruais terminam.

A menopausa pode ou não acontecer de repente, mas a maioria das mulheres experimenta vários anos de mudanças em seus períodos menstruais antes de parar completamente. Durante esse período, muitas delas também começam a ter sintomas devido ao declínio dos níveis de estrogênio no corpo que podem incluir ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor, problemas de sono e secura vaginal.

A menopausa é uma parte normal da vida de uma mulher e nem sempre precisa ser tratada. No entanto, as mudanças que acontecem antes e depois da menopausa podem ser perturbadoras.

Se você tiver sintomas incômodos, tratamentos médicos eficazes estão disponíveis.

Andropausa

Assim como ocorre com as mulheres, à medida que os homens envelhecem, suas concentrações séricas de testosterona diminuem. Esse declínio é gradual e de grau modesto, mas como muitas das alterações do envelhecimento são semelhantes às do hipogonadismo, postula-se que o declínio da testosterona seja uma causa dessas alterações do envelhecimento, também chamada de Andropausa.

Quando necessário, a  reposição da testosterona será feita de acordo com o grau de sintomas e também das outras doenças do paciente, pois também interferem na escolha da forma de administração da testosterona.

Metabolismo Ósseo e Osteoporose

Metabolismo Ósseo e Osteoporose

As pessoas tendem a pensar que os ossos são estáticos e imutáveis, mas a verdade é que os ossos estão em constante fluxo. Mesmo enquanto você lê esta frase, células especializadas em seu corpo estão ocupadas destruindo pedaços velhos de osso e substituindo-os por osso novo. Infelizmente, à medida que as pessoas envelhecem, muitas vezes perdem osso mais rapidamente do que podem substituí-lo, de modo que seus ossos podem se tornar porosos e quebradiços.

Se não for controlada, essa perda óssea pode levar a um distúrbio chamado osteoporose, definido como massa óssea reduzida e má qualidade óssea, pois há também alteração na estrutura do osso.

O distúrbio torna os ossos fracos e propensos a fraturas, mesmo com mínimo impacto. Por exemplo, pessoas com osteoporose podem quebrar um osso apenas com uma pequena queda, como tropeçar em um tapete solto na sala de estar.

Para diagnostico é importante realizar anualmente (ou a critério médico) um exame chamado de Exame de Densitometria Óssea rotineiramente em mulheres após a menopausa e em pessoas com outros fatores de risco para o desenvolvimento da condição (doenças ou uso de medicamentos).

É um exame indolor, rápido e seguro, que ajuda o médico a detectar a perda de massa óssea nessas pessoas, pois a Osteoporose costuma ser assintomática (não dói, a menos que haja fratura).

A densitometria óssea pode alertar as pessoas sobre uma possível perda óssea (e com isso evitarem uma fratura), além de ser útil para monitorar os efeitos dos medicamentos e outras medidas utilizadas para o tratamento da osteoporose ou osteopenia.

Obesidade

Obesidade

A morbidade e a mortalidade associadas ao sobrepeso ou à obesidade são conhecidas pela classe médica desde a época de Hipócrates, há mais de 2.500 anos.

Atualmente, isso é determinado pelo cálculo do índice de massa corporal (IMC, definido como o peso em quilogramas dividido pela altura em metros ao quadrado).

  • O sobrepeso é definido como IMC de 25 a 29,9 kg/m²;
  • Já a obesidade é definida como IMC ≥30 kg/m², sendo subdividida em Grau 1 (IMC entre 30 e 34,9 kg/m²), Grau 2 (IMC entre 35 e 39,9 kg/m²) e Grau 3 (IMC ≥40 kg/m ²);
  • Obesidade grave é definida como IMC ≥40 kg/m ² (ou ≥35 kg/m² na presença de comorbidades).

Embora essas definições categóricas sejam clinicamente úteis, é claro que os riscos conferidos pelo aumento da massa corporal variam consideravelmente entre os indivíduos, além da composição corporal também ser importante.

Ter obesidade aumenta o risco de uma pessoa desenvolver inúmeros problemas de saúde.

Aqui estão alguns exemplos:

  • Diabetes;
  • Pressão alta;
  • Colesterol alto;
  • Doença cardíaca (incluindo infartos);
  • AVC (Derrame);
  • Apneia do sono (um distúrbio no qual você para de respirar por curtos períodos enquanto dorme);
  • Diversos tipos de câncer;
  • Doenças articulares, especialmente de joelhos.

O tratamento da obesidade geralmente requer uma equipe multidisciplinar, incluindo um médico endocrinologista, nutricionista, educador físico e muitas vezes também psicólogo e/ou psiquiatra.

O papel principal do endocrinologista é identificar e tratar (ou encaminhar para tratamento) as condições de saúde associadas à obesidade ou ao sobrepeso (que geralmente são consequências, e não causas), além de avaliar a necessidade e prescrever o medicamento indicado para cada caso.

É importante manter o acompanhamento durante e mesmo após a perda de peso, pois muitas vezes essa a manutenção do peso ideal torna-se difícil sem o controle adequado.

Transgeneridade

Em breve traremos mais informações.

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